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Monchique em Transição

O Movimento de Transição teve início em 2005 na Irlanda. Começou como resposta a dois dos mais sérios desafios que enfrentaremos num futuro próximo: os desafios do Pico do Petróleo e das Alterações Climáticas. Nos últimos oito anos, este movimento espalhou-se viralmente por todo o planeta. Ganhou o prémio da Sociedade Civil Europeia, em 2012, por trabalhar em prol de uma baixa emissão de carbono e para um futuro socialmente mais justo. “A escolha é nossa”, diz Carlos Abafa, de Monchique. Podemos escolher entre ser esmagados pelas mudanças ou começar desde já a adaptar-nos a elas, criando um futuro mais resiliente e menos dependente de petróleo, para nós e para as gerações futuras. Se ficarmos sentados e à espera que o governo aja, o mais certo é que nos seja oferecida austeridade seguida pelos “negócios do costume”. Aumentar o crescimento não pode resolver a fome energética emergente. O Movimento de Transição pede que as pessoas sejam responsáveis por elas próprias e pelas nossas comunidades e que ajamos agora, para reduzir gradualmente a nossa dependência dos combustíveis fósseis. Os cidadãos têm a oportunidade de criar um novo futuro onde se combinem o melhor das velhas e das novas e apropriadas tecnologias, criando assim um mundo de abundância, onde o “pequeno é lindo” e as comunidades resilientes à “escala humana” sejam a norma.

Monchique em Transição foi formado em Dezembro de 2012 por um pequeno grupo de pessoas, como um projecto da associação local A Nossa Terra.
Actualmente existem três grupos de trabalho.

  1. Economia, Transporte, Turismo e Energia
  2. Comunicação, Educação e Cultura
  3. Segurança Alimentar, Paisagens Produtivas e Silvicultura.

O Jardim da Comunidade
Em Fevereiro de 2013 iniciou-se um jardim comunitário orgânico, num terreno com cerca de 1800m2 generosamente cedido por Carlos e Ana Abafa. Este local é bastante acessível e beneficia, em algumas zonas da sombra, de muitas árvores de fruto adultas. O grupo de Segurança Alimentar é responsável por este projecto e neste momento sete famílias locais cultivam aqui as suas próprias parcelas de terreno. Os planos para 2014 incluem disponibilizar mais parcelas para os habitantes de Monchique, dias abertos com piqueniques no jardim, eventos de troca de sementes e plantas, workshops e muito mais.

Banco de Trocas e de Horas de Monchique
Em tempos de Crise Financeira um sistema de trocas sem fins monetários é bastante benéfico: quando nos faltam os Euros, este, e outros sistemas semelhantes, podem trabalhar lado a lado com a moeda nacional de forma a ajudar-nos a manter a qualidade de vida. O banco de Trocas e de Horas de Monchique faz isso pelos seus membros, permitindo-lhes trocar bens e serviços sem que para isso tenham que gastar o seu precioso dinheiro. Existe um Directório de Bens e Serviços na Internet que permite que estas trocas sejam feitas de forma mais fácil. Todas as contas são automaticamente actualizadas e mantidas no servidor. O Sistema está a funcionar e encontra-se aberto a novos membros residentes na zona de Monchique.

About the author

Lesley Martin, (68) farmer and writer, mother of seven children, is coming from a biological farming background in the UK. Have been teaching Permaculture Courses for the past 17 years in Portugal and England. Lives currently near Monchique, head tutor at the Vale da Lama School of Permaculture Design in Odeàxere.

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