Quando era estudante em Lisboa, no início dos anos noventa, um amigo meu pedalou do norte de Espanha para a capital. Era Julho. Todos os portugueses nas aldeias estavam sentados à sombra das figueiras e nos abrigos dos autocarros, olhando para o mundo à sua volta, quando aparecia este jovem com a cara vermelha, escorrendo suor, numa bicicleta de montanha. Os olhos deles abriam-se de surpresa, abanavam a cabeça e concordavam que o homem era maluco. Até o pai do meu companheiro português ficou confuso e perguntou-me se “ele não tinha dinheiro para apanhar um autocarro?” Os tempos mudam. Hoje …
Read More »