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Reportagem

Entendeu? A nossa nave espacial está a arder!

“Este é um livro sobre o nosso futuro.” São estas as primeiras palavras em “Earth for All”, lançado pelo Club of Rome. No subtítulo também afirma ser um guia de sobrevivência para o nosso planeta. Citação: “Todos nós sabemos que é necessário por um fim à pobreza extrema de bilhões de pessoas. Sabemos que temos de encontrar uma solução para a crescente desigualdade. Sabemos que precisamos de uma revolução energética. Sabemos que a alimentação industrial é nociva e que a forma como produzimos os nossos alimentos destrói a natureza e provoca a sexta extinção em massa de espécies de animais …

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Nº 133 – FAIR TRADE?
O meu Renault ZOE e a RCI Bank

O meu Renault ZOE e a RCI Bank

Sábado, dia 3 de setembro de 2022. Num mundo perfeito, todos os lesados do Banco RCI (Renault) – seja em Portugal, França, Alemanha, ou outro qualquer país europeu – se uniria para promover uma ação judicial coletiva contra as práticas de um produtor automóvel multinacional, como a Renault ou contra a Volkswagen, nas respetivas instâncias de Lisboa, Paris ou Düsseldorf contra a Renault Bank RCI. Nos EUA, um processo deste tipo que tenha em linha de conta defender os direitos do comprador de um automóvel é simples e eficiente. Na Europa, ainda aguardamos que surja uma Lei que o permita. …

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Nº 132 – Morte de um caixeiro-viajante
O meu Renault ZOE e o RCI Bank em Portugal

O meu Renault ZOE e o RCI Bank em Portugal

Sábado, dia 20 de agostosto de 2020. Por vezes, tornamo-nos amigos do clima involuntariamente. Por exemplo, quando o nosso carro elétrico relativamente novo fica bloqueado e temos que seguir a pé. Esta história é inacreditável, mas real. É a história de um Renault ZOE que ficou paralisado. Comprei o ZOE, o primeiro modelo de carro elétrico europeu, a 28 de dezembro de 2015, na Almotor de Portimão, para me poder deslocar como jornalista da ECO123. Custou exatamente 21.476,87 euros, IVA incluído, mas sem a bateria. O senhor Eurico A., vendedor da marca, na altura concedeu alguns descontos no processo de …

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Que floresta é esta?

Como seiva, ascendemos através dos quatro extratos de uma floresta. Vamos dos burocratas das instituições do Estado aos peritos apaixonados pela floresta. Vamos da visão dantesca do ‘eucaliptugal’ atual à paisagem da floresta frondosa que está para vir.   Solo Chama-se Quinta da Fonteireira, fica em Belas, e é um raro pulmão verde nos subúrbios da Linha de Sintra. Entre os oito e os dezoito anos, dormi ali, no Vale Escuro, mais de uma centena de noites. Nesse tempo dos escuteiros, usávamos a madeira abundante do eucalipto para construir mesas de jantar, abrigos para o material, armas para jogos. As …

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DIA 6
Salir – Cortelha – Barranco do Velho

DIA 6
Salir – Cortelha – Barranco do Velho

Concluí os primeiros cem quilómetros. Estou a aguentar melhor do que pensava, apesar de ter partido sem qualquer treino para a caminhada. Conhecer bem o caminho e o meu passo lento são vantagens que compensam a falta de treino e, assim, vou ficando cada vez mais em forma. O percurso completo da Via Algarviana tem cerca de 300 quilómetros. O primeiro troço, do lado Este, vai de Alcoutim até Barranco do Velho; o do meio, de Barranco do Velho até Monchique; e o troço do lado Oeste, liga Monchique ao Cabo de São Vicente. Arrumo a minha mochila, pego no …

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DIA 5
De Alte a Salir. Poços antigos com nora

DIA 5
De Alte a Salir. Poços antigos com nora

19 km. Cheguei ao centro do Algarve. Caminhar também significa entrar em contacto direto com as pessoas e com o seu meio. É isso que um jornalista pretende. Conhecer as pessoas de um país. O que pensam e como se sentem. Logo ao início do quinto dia, ainda em Alte, chego à Ribeira de Alte, que está completamente seca. Antigamente, havia peixes e muitos outros seres vivos nesta ribeira. Era um biótopo cheio de vida onde agora só vejo uma senhora idosa, de 72 anos, a juntar um pouco de mato. Às sextas-feiras vem o vendedor de peixe da costa …

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DIA 4
De Messines a Alte

DIA 4
De Messines a Alte

Tomo o pequeno-almoço no café ao lado. Custa 2 euros e 40 cêntimos. São oito horas quando entrego a chave na receção e vou ter com o senhor Jorge. Um galão e uma sandes de queijo, por favor. Bom dia! Dois minutos depois o pedido surge no balcão e tomo o meu pequeno-almoço na esplanada. Messines já despertou para a vida e eu estudo no mapa o caminho a seguir. Pretendo passar por Vale Vinagre, iniciando assim a pequena subida. Primeiro, fora da cidade, passo por debaixo da autoestrada que liga o Algarve ao centro do país. São muitos os …

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DIA 3
Da Barragem do Funcho até Messines.

São Bartolomeu de Messines é a cidade natal do escritor, pedagogo e jurista João de Deus Ramos, que aqui nasceu em 1830 e desenvolveu um trabalho pedagógico notável em todo o país, dirigido a crianças e a adultos. Estudou Direito em Coimbra e faleceu em Lisboa, em 1896. É o que consta numa lápide na Casa do Povo, em Messines. Talvez seja impressão minha, mas parece que Messines tem pretensões a mais do que capital de concelho. Penso que ambiciona ser capital de distrito, independente de Silves. Talvez esteja enganado… Porém, acabam por ser mais do que 15 km para …

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DIA 2
De Silves à Barragem do Funcho.

DIA 2
De Silves à Barragem do Funcho.

Desperto. Acendo a luz e estou no quarto que reservei por 45 euros e onde aceitam o meu cão por um suplemento de 5 euros. Pergunto se esse valor inclui pequeno-almoço para o cão, mas fico sem resposta. Pelo menos é permitido trazer animais de estimação. Com o comando, ligo o televisor pendurado no canto da parede junto ao teto para ver o boletim meteorológico. Tudo na mesma. Tempo quente e seco. É um tempo maravilhoso para os turistas, mas mau para a silvicultura, a agricultura e para o clima. As plantações de abacate e laranja, plantadas em monocultura à …

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Nº 123 – Ana Pêgo e o insustentável peso do lixo marinho

Sábado, dia 22 de janeiro de  2022. “As pessoas ouvem o problema, assustam-se com o problema e querem mudar, mas consideram que é muito difícil e não vão conseguir.” É para contrariar este pensamento que a bióloga marinha, Ana Pêgo, sensibiliza comunidades para a proteção dos oceanos. Afinal, mudar está ao alcance de cada um de nós. Passo a passo, todos podemos ser agentes de mudança. Conhecida pelo seu espírito de missão, a bióloga vê no lixo marinho um contador de histórias. Com ele, também a ativista conta histórias. Nelas, a personagem principal tem um nome pseudocientífico. Chama-se Plasticus maritimus …

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