Bochum (D). Quando as pessoas perseguem um mesmo objectivo, podem mover mundos e fundos. Uma iniciativa de um grupo de pais, integrando mais de 1000 pessoas, pretendia aplicar o seu dinheiro em algo significativo. Fundaram um banco, algo invulgar. Depois começaram por criar um catálogo para os títulos de negócio e crédito.
Aplicam critérios de exclusão de investimento: violação dos direitos humanos, violações de direitos fundamentais e do trabalho, trabalho infantil, testes em animais, comportamentos ambientais controversos, práticas económicas controversas, energia atómica, biocidas, produtos organoclorados em massa, investigação de embriões, engenharia agrogenética, pornografia, armamento, drogas.
Ao invés, investem o seu dinheiro em negócios social e ecologicamente orientados, responsabilidade social, agricultura sustentável, objectivos políticos de desenvolvimento, eficiência energética e energias renováveis, sistemas de transporte energeticamente eficientes, utilização eficiente de recursos, infraestruturas para deficientes e projectos habitacionais, escolas e jardins-de-infância gratuitos, cultura, lojas e distribuição de alimentos orgânicos, medicina antroposófica, homeopatia, plantas e medicina natural…
Este banco já existe desde 1974. Nele trabalham actualmente 420 bancários em sete filiais. Possui cerca de 120 mil clientes. Comissões e bónus para os gerentes não existem. Aumenta-se o salário dos funcionários quando estes têm filhos. A transparência é essencial. Todos os créditos concedidos são publicados numa revista trimestral própria.
Estamos a falar do Banco GLS. O primeiro ecologicamente sustentável na Europa, com um volume de negócios superior a 2,5 biliões de euros em 2012. E um número de associados impressionante, contando agora com 21.636.
Há mais. O “Gemeinschaftsbank für Leihen und Schenken” (Banco Comunitário de Empréstimos e Ofertas) possui um Fundo Fiduciário de Caridade próprio, que associa clientes ricos a projectos que necessitam de dinheiro urgentemente: entre outros, ajuda para agricultores biológicos do Nepal, projectos escolares no Uganda ou cultivo de ervas medicinais na Índia.
Mais informações: http://www.gls.de/die-gls-bank/ueber-uns/gls-bank/english-portrait/