O que precisamos para viver é de uma boa ideia, um pouco de criatividade em conjunto com formação e uma boa dose de autoconfiança. Também é preciso muito optimismo, a par de uma pitada de realismo. E por favor não esquecer de agitar. Mistura-se bem, analisa-se tudo uma vez mais ao pormenor e criticamente, reflete-se sobre tudo e pede-se um conselho e a opinião aos amigos.
É também naturalmente necessário ter algum capital inicial. Que se consegue através de www.ppl.com.pt ou do papá e da mamã, ou do seu melhor amigo, ou se não houver outro recurso, através do banco cooperativo local. No caso de Filipa Júlio (31), foram os sapatos, ou melhor dizendo, as sabrinas. Podemos pensar o que quisermos, podemos gostar delas, mas não somos obrigados a gostar. Mas o facto é que há já um ano que Filipa Júlio tem vendido bem os seus sapatos de senhora “Made in Portugal”.
No seu website www.josefinas.pt oferece todas as variantes e cores do produto. Os sapatos custam €109, com ou sem pintura; azul, vermelho, preto e às riscas. Ela definiu rigorosamente a sua marca, usa boas pelas naturais e aprendeu o ofício com um profissional, um mestre sapateiro em São João da Madeira, a sul do Porto. Os seus sapatos têm os nomes de Benguela, Luanda, Goa, Paris e Azul Açores e dispõe de tamanhos desde o 35 ao 41, para além de uma caixa bonita para as suas clientes.
“Tudo isto custa-me muito trabalho e não é possível fazer em apenas 40 horas semanais, mas dá-me prazer e faz-me feliz”, conta à ECO123. Com estes sapatos ela vai seguir a sua caminhada.
Este artigo foi escrito num laptop de oito anos que não emite CO 2 , porque é operado através de energia solar.