Sábado, dia 2 de setembro de 2023.
Quem fornecer à GNR de Monchique ou à Polícia Judiciária (PJ) de Portimão informações relevantes sobre os incêndios florestais de terça-feira, 15 de agosto, no Chilrão (perto de Marmelete) e de segunda-feira, 28 de agosto, na Picota (perto de Alferce), que levem à identificação, detenção e prisão dos incendiários, receberá da revista ECO123 uma recompensa de 1.000 euros. Isto é só um começo e esperamos sinceramente que a Câmara Municipal de Monchique se junte à nossa iniciativa e aumente a recompensa, para que os incendiários sejam apanhados.
Em tempos de alterações climáticas, cada árvore nativa que é salva de um incêndio florestal é uma dadora ativa de sombra que mantém a humidade no solo e, além disso, transforma CO2 em oxigénio. Em contrapartida, cada árvore vítima de um incêndio florestal torna-se uma produtora ativa de CO2 e deixa de ter a capacidade de o transformar em oxigénio. Um quilómetro quadrado de floresta ardida emite cerca de 20.000 toneladas de CO2, tanto quanto 4.000 portugueses (5.000 kg de CO2 por ano) emitem, em média, para a atmosfera através de mobilidade, hábitos alimentares, consumo de eletricidade, etc. Uma loucura total.
Nós, na ECO123 em Monchique, estamos incondicionalmente comprometidos com as metas do Acordo de Paris sobre o Clima e, a partir de 2025, produziremos a nossa revista sem papel (de eucalipto), respeitando a neutralidade climática. Não permitiremos que uns quantos incendiários transviados cubram as nossas montanhas com incêndios florestais ano após ano. É mais do que tempo de a proteção do clima e a ecologia determinarem os nossos pensamentos e ações. Por isso, quem quiser fornecer informações relevantes para a detenção dos incendiários destes dois incêndios, possivelmente fazendo-o de forma anónima, pode também contactar-nos diretamente através do email editor@eco123.info ou por telefone: 967 195 930.
Nestes dois incêndios florestais, que puderam ser extintos graças aos esforços máximos das corporações de bombeiros e dos aviões de combate a incêndios florestais, as pessoas, os animais, a agricultura e a silvicultura sofreram enormes prejuízos. No final de cada incêndio florestal resta sempre a pobreza: casas destruídas, ferramentas e tratores queimados e tudo o mais transformado em cinzas. Depois dos incêndios florestais de 1991, 2003, 2004, 2016 e 2018, que foram largamente desastrosos, atingiu-se o limite. Tolerância zero para os incendiários. Nós, na ECO123, queremos trazer a ação climática para o seio da sociedade. Os incendiários, pelo contrário, devem permanecer presos (prisão preventiva) durante muito tempo e sem qualquer libertação antecipada.
Protesto pela Floresta do Futuro
Mais informações em: https://www.dn.pt/sociedade/cidadaos-convocam-para-domingo-protestos-em-sete-concelhos-pela-floresta-do-futuro–16939202.html