O universo é repleto de cores. Quando temos a sorte de poder apreciá-las, podemos observar mais de 30.000 cores. E nós não só as podemos ver como também somos guiados por elas. Ajudam-nos a comunicar e a compreender o mundo que nos rodeia. Porém, quase todos nós conhecemos alguém que sofre de algum tipo de deficiência visual que o impede de captar a cor parcial ou totalmente. E se não conhecemos ninguém, não é difícil imaginar qual é a sensação.
Os deficientes visuais não são apenas as pessoas cegas, mas também os daltónicos, parcialmente invisuais, com cataratas, glaucoma ou com baixa visão: pessoas que lidam todos os dias com obstáculos. Realmente é bastante fácil pensar na quantidade de tarefas simples do dia-a-dia que executamos e que requerem a perceção visual e o reconhecimento da cor. Escolher uma roupa, ir à escola, conduzir e trabalhar, usar os transportes públicos, tomar medicamentos ou comer; basicamente viver. Enquanto crianças aprendemos a brincar com cubos coloridos, a pintar céus azuis e nuvens brancas e a comer todos aqueles legumes verdes.
Portanto, se somos incapazes de ver as cores, como vamos fazer todas estas coisas básicas?
Filipa Nogueira Pires, de Lisboa, conta à ECO123 que “em circunstâncias normais, quando somos deficientes visuais ainda somos capazes de ouvir, saborear, cheirar e sentir. É por isso que criámos um código gerador de mudança que permite aos deficientes visuais identificarem as cores. Tudo é através da combinação de cores e formas que eles podem sentir graças a um alívio nas formas. Trata-se de inclusão, mudar a sociedade e proporcionar qualidade de vida àqueles que apenas veem o mundo de uma forma diferente. Ao usá-lo acreditamos poder melhorar a capacidade dos deficientes visuais desempenharem as suas tarefas diárias, bem como acabar com a discriminação e mudar o paradigma”.
https://www.indiegogo.com/projects/feelipa-color-code-color-is-for-everyone#home
Com o seu contributo para o Crowdfunding até 10 de Maio (data limite!) poderá ajudar a desenvolver uma metodologia de ensino para a implementação do Feelipa, não só nos conteúdos programáticos como também no quotidiano escolar.