Foi com o pôr as mãos na terra que se iniciaram muitas das histórias de sucesso na agricultura. No Centro de Formação Profissional para o Artesanato e Património (CEARTE), com sede em Coimbra, também se procura transmitir conhecimentos práticos. Para além do artesanato, o CEARTE oferece formação em agricultura biológica.
Técnicas de cultivo do antigamente é o título que o formador Joaquim da Silva (45), dá às suas 50 horas de formação. Ensina a preparar e manter a terra fértil, sem recurso a qualquer produto químico. Os participantes aprendem o que significa uma criação animal de acordo com as necessidades de cada espécie, zelando pela saúde e o bem estar animal, bem como o que são organismos de controlo e de certificação. Noutro curso, de 200 horas, o formando tem a oportunidade de aplicar a teoria. Claro que ninguém se torna agricultor biológico de um dia para o outro, mas o CEARTE desperta o interesse pela temática e transmite os conteúdos com sensibilidade e sentido prático. O próximo curso de Modo de Produção Biológico terá lugar de dia 1 a 30 de agosto em Sesimbra e é gratuito para todos os ativos empregados dos 18 aos 65 anos de idade.
Formação como Agricultor Biológico
A Escola Superior Agrária de Coimbra (ESAC), é a única escola superior em Portugal que desde 2005 ensina agricultura biológica num curso com uma vertente prática, tendo disponíveis 12 hectares de área para a produção biológica certificada. No curso de dois anos “Técnico Superior Profissional em Produção Agrícola Biológica” transmitem-se os princípios da agricultura biológica. A Licenciatura em Agricultura Biológica, ou bacharelato, é de três anos e as aulas diurnas são durante a semana. Já o Mestrado em Agricultura Biológica tem aulas pós laborais durante dois anos. Para além de se aprender a aplicar na prática os conhecimentos adquiridos, aprende-se o inverso, ou seja, a desenvolver uma ideia nascida na prática, e a elaborar um plano de negócios, analisá-lo, e concretizá-lo.
Ainda são aceites candidaturas para o semestre de inverno de 2018/2019 até ao final da segunda fase, dia 16 de julho, ou, numa terceira fase, até dia 17 de setembro de 2018.
Em Janas estamos sempre a aprender
Também nas muitas eco-aldeias, como por exemplo na de Janas, em Sintra, podemos adquirir muitos conhecimentos ligados à agricultura biológica. Temos produção de hidromel ou cogumelos, de cidra ou de adubos ecológicos, a poda de árvores e a permacultura: aqui, Portugal apresenta-se como um país de infinitas possibilidades agrícolas e económicas. Há uma grande variedade de cursos ao longo de todo o ano, e quem tiver conhecimentos para partilhar, pode desenvolver e propor o seu próprio workshop.
Quem cuida das nossas florestas?
Uma década após terem sido extintos os guardas florestais, em 2006, durante a governação de José Sócrates, essa decisão foi revista. O novo Decreto-Lei nº247/2015 engloba o guarda florestal nos serviços da Polícia Judiciária. A informação de que o Ministro do Interior, Eduardo Cabrita, pretendia recrutar 200 novos guardas florestais chegou à ECO123 em janeiro. No entanto, esse recrutamento, numa primeira fase, afinal irá ser concretizado internamente na estrutura da Guarda Nacional Republicana – GNR. O recrutamento por contratação pública só está previsto numa segunda fase, que no entanto não está prevista para 2018. *
Quem ambicionar trabalhar na área e não pretender esperar até 2019, pode candidatar-se no Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas – ICNF, como Guarda e Vigilante da Natureza, num dos parques naturais de Portugal. Em finais de maio, na página net do ICNF (consulte o separador de recursos humanos) foram abertas candidaturas para 90 postos de trabalho na categoria de assistente operacional. Oficialmente, só é exigida a escolaridade mínima obrigatória, porém a ECO123 soube de fonte fidedigna que quase todos os últimos vigilantes admitidos tinham completado estudos superiores. Para estas vagas o prazo de candidatura já passou, mas são publicadas regularmente novas oportunidades. Portanto, mantenha-se atento!