O grupo ‘Braga em Transição’ surgiu em 2011, a partir do movimento artístico ‘Projéctil’. Segundo Hélder Faria, um dos seus membros, isto aconteceu naturalmente porque “é sempre dentro de um contexto artístico que se despertam consciências.”
“A nossa actividade quotidiana é um processo de mudança gradual, mudamos hábitos lentamente. Não nos desligamos radicalmente do sistema e estamos atentos ao que nos rodeia.” Acreditam que devem abordar os compromissos diários com um espírito positivo. “Não nos podemos deixar desanimar devido às dificuldades que hoje todos sentimos.”
Para agir contra a adversidade, o grupo criou uma rede de auto–ajuda. “Se preciso de algo, sei que posso contar com o grupo com uma confiança quase cega” afirma a técnica de audiovisuais Ana Pereira. Sendo que a vida na cidade não lhes permite sobreviver com o que produzem, abrem horizontes com pequenas mudanças de hábitos. “Imagina se cada um cultivasse 10% da sua alimentação. Que impacto isto poderia ter, tanto do ponto de vista da experiência individual, como em termos ambientais? Bill Molisson (1) , o guru da permacultura, questionou isto mesmo.” Uma das suas principais actividades é fazerem pequenas obras gratuitas – a que chamam ‘ajudadas’ – em propriedades privadas e em prol do bem comum. Também distribuem excedentes. “Partilhamos carro, refeições, fazemos hortas urbanas, compostagem, voluntariado, cuidado ao consumir. Parecem coisas simples, mas todas juntas até são difíceis de contabilizar. Agora imaginem se toda a sociedade fizesse estas pequenas mudanças?” Neste momento o grupo conta com aproximadamente quinze elementos, mas estima que terá um universo de trezentas pessoas a orbitar esta ideia.
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