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Que floresta é esta?

Como seiva, ascendemos através dos quatro extratos de uma floresta. Vamos dos burocratas das instituições do Estado aos peritos apaixonados pela floresta. Vamos da visão dantesca do ‘eucaliptugal’ atual à paisagem da floresta frondosa que está para vir.

 

Solo

Chama-se Quinta da Fonteireira, fica em Belas, e é um raro pulmão verde nos subúrbios da Linha de Sintra. Entre os oito e os dezoito anos, dormi ali, no Vale Escuro, mais de uma centena de noites.

Nesse tempo dos escuteiros, usávamos a madeira abundante do eucalipto para construir mesas de jantar, abrigos para o material, armas para jogos. As suas folhas frescas suportavam o barro com que construíamos as cozinhas, disfarçavam o chulé das tendas, decoravam os pórticos de entrada de campo. Quando as varas cortadas de acampamentos anteriores não bastavam, cortávamos um novo tronco de eucalipto, tal como aprendêramos: somente de um pé onde brotassem três troncos mais.

O que não sabia é que, como tantas crianças deste país, caíra num embuste: haviam-me ensinado a chamar floresta a uma monocultura industrial de eucaliptos. E quando um dia as máquinas vieram derrubar as árvores, às 300 de cada vez, transformando tudo em torno do nosso Vale Escuro num inferno lunar, o sentimento visceral de injustiça subiu em nós como seiva.

Havia outras duas coisas que eu não sabia. Que aquele mesmo sentimento havia despoletado, já nos anos 70, as primeiras lutas ambientais conhecidas em Portugal contra a ditadura do eucalipto. E que permaneceria vivo até hoje – e dele depende talvez o futuro da floresta e da vida no nosso país.

 

 

Extrato herbáceo

São quase um milhão de hectares. 27% da chamada “floresta portuguesa” é monocultura de eucalipto, uma (des)proporção como não existe em qualquer outro país do mundo.

Os números obtidos em junho passado pelo jornal Público, junto do ICNF – Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, mostram que esta continua a ser de longe a espécie mais autorizada em Portugal. Entre outubro de 2013 e junho de 2020, foi validada a plantação de mais de 80 mil hectares de eucaliptos. A segunda espécie mais autorizada foi o pinheiro-manso – com menos de seis mil hectares.

Após os trágicos incêndios de 2017, o Governo alterou a famigerada “Lei do Eucalipto Livre”, de 2013. Hoje é permitido plantar eucaliptos apenas em áreas de eucaliptal já existentes, ou numa nova área, se se arrancar uma área de eucalipto equivalente. Mas nos meses entre o anúncio da lei e a sua entrada em vigor, a ganância que mora na sombra dos eucaliptais teve o seu apogeu. Os viveiros, de onde nas últimas décadas saiu mais de um bilião destas árvores, ficaram esgotados para responder à frenética corrida ao eucalipto. Os números facultados pelo ICNF à Eco123 revelam a cumplicidade do instituto: as autorizações para alastrar eucalipto a novas áreas tiveram em 2017 o seu pico, com mais de 2200 hectares aprovados.

Em 2018, foi Monchique a arder brutalmente. Quem habita a serra, entretanto, viu com incredulidade e revolta o brotar disperso de eucaliptos no pós-fogo, espalhando-se para novos terrenos, e o regressar dessas perigosas monoculturas plantadas sobre as áreas ardidas.

Há 17 anos que esta é considerada uma Zona de Proteção Especial, parte da Rede Natura 2000, com 50 espécies naturais entre as mais valiosas e ameaçadas do continente europeu. Já então o ICNF identificara as principais ameaças: a atividade de florestação intensiva com espécies exóticas, os incêndios florestais e a destruição da vegetação autóctone.

Tinha um par de coisas a esclarecer com este organismo público. Fica sediado na floresta de betão da Avenida da República, em Lisboa, e revelar-se-ia, essa, impenetrável. O ICNF recusou o pedido de entrevista, mas aceitou responder por email.

E por email descobri que o instituto nada tem a apontar à reflorestação com eucaliptos. “A Estratégia Nacional para as Florestas em Portugal reconhece a necessidade de garantir resposta à procura de matérias-primas das principais fileiras silvo-industriais”, explica. Afirma que “a reflorestação com qualquer espécie florestal não provoca o seu aumento territorial e é fundamental como medida de contenção e minimização dos impactos no solo e biodiversidade após os incêndios florestais.”

“No que respeita ao suposto comportamento do eucalipto em situações de incêndios florestais, escreve o ICNF, a análise da origem destes (…) permite destacar a ação humana, por incendiarismo ou negligência, (…) não se encontrando qualquer referência a situações de “elevada inflamabilidade” relacionados com qualquer espécie”.

“Facilmente se infere que o eucalipto não é uma espécie invasora”, leio ainda no email, “porque não é suscetível de ocupar naturalmente o território de uma forma excessiva, provocando uma modificação significativa nos ecossistemas.” O instituto explica: “A sua semente não possui capacidade de dispersão eólica, sendo muito limitado o raio da sua dispersão. O vigor vegetativo dessas plantas é muito inferior ao das plantas obtidas em viveiro, o que condiciona a sua viabilidade (…), os indivíduos dominados são eliminados muito precocemente e os que sobrevivem são eles próprios dominados pela vegetação arbustiva e arbórea pré-existente”.

Primeira página das respostas enviadas por e-mail pelo ICNF

Ou seja, não há relação entre eucaliptais e incêndios, e o eucalipto não tem caráter invasor. Uma visão que não cola propriamente com a das populações, das associações de bombeiros ou da academia – mas que cola perfeitamente com a da indústria do papel, empresas como a Altri e a Navigator.

Não deixa de ser curioso que, um ano após o incendio de 2017, a comunidade de Benfeita, na Serra do Açor, entre infindáveis ‘ajudas’ para arrancar as “carpetes de eucaliptos” que rebentavam por toda a parte, se tenha juntado para ajudar o ICNF a remover os novos eucaliptos no interior da Mata da Margaraça. E que, no ano seguinte, o Governo tenha atribuído ao ICNF 560 mil euros para recuperação da Mata – e, ao DN, um responsável do ICNF tenha realçado a necessidade de travar “a propagação de espécies exóticas e invasoras, com destaque para o eucalipto e a mimosa.”

De acordo com o jornal Público, em 2009, o então Instituto de Conservação da Natureza e da Biodiversidade elaborara uma proposta para classificar o eucalipto como espécie invasora. A proposta terá desaparecido sem explicação.

Este ano, investigadores da Universidade Técnica de Munique e da Universidade de Zurique utilizaram imagens de satélite para detetar 15 territórios da Rede Natura 2000 afetados por eucaliptos, nove dos quais “fortemente afetados”. “Estes ecossistemas são únicos e albergam várias espécies ameaçadas”, lembraram em agosto passado ao Público. Consideraram os eucaliptos uma das maiores ameaças ambientais, pois “substituem a vegetação existente e atuam como combustível para potenciais incêndios florestais futuros”. Um ciclo que, face à previsão de subida de temperaturas, se prevê cada vez mais recorrente em Portugal.

Em 2019, um estudo realizado por investigadores de seis instituições de ensino superior e coordenado por Ernesto de Deus mostrou várias evidências do potencial invasor do eucalipto.

Em 2018, investigadores em alterações climáticas do Centro de Ecologia Aplicada da Universidade de Lisboa e de instituições de Coimbra, Porto e Madrid previram que em menos de 30 anos o sul do Tejo se torne impraticável até para o cultivo de eucaliptos. Estimam que continuará o abandono das zonas de produção intensiva desta monocultura, que os oásis de biodiversidade vão estar sobre ameaça crescente, e apelam à “criação de novas áreas protegidas “.

© Shutterstock

Em 2017, um estudo internacional em que participou a Universidade de Coimbra concluíra: “os eucaliptais geram autênticos ‘desertos’ à sua volta, provocando uma dramática redução da biodiversidade do território”.

Num país onde 60% do território está em risco de se tornar um deserto, o que fazer com toda a área de eucaliptal, que a lei permite cortar e replantar até o solo ficar exangue?

 

Extrato arbustivo

“Quando a última árvore tiver caído, quando o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que o dinheiro não se come.” O conhecido provérbio surge mal abro a agenda para 2021 – “Árvores Medicinais”, de Fernanda Botelho.

Ao percorrer os dias do ano, percorro um sem fim de árvores, com suas histórias e usos. “Faz me muita confusão adultos e crianças não conhecerem sequer meia dúzia de árvores pelo nome. Não te relacionas com o que deu origem ao produto que estás a comer…”, desabafa a especialista em plantas medicinais e guia de passeios botânicos. “Podes aproximar-te delas, descobrir que folhas, que frutos têm. As plantas e árvores são a base da sustentação da vida no planeta!”

© Shutterstock

“Há um desequilíbrio brutal na gestão da floresta. Podia ser feita com os olhos no futuro em vez de com os olhos nos euros. É plantada como um bem para nos servir, para ser explorada ate à exaustão, dar dinheiro rápido. Com o constante plantar e replantar do eucalipto, os solos ficam exaustos – num desrespeito pela própria árvore. Um eucaliptal está muito mais perto de um deserto do que de uma floresta”, diz Fernanda Botelho, “e todos somos culpados: todos gostamos de papel”. “Não sou contra o eucalipto. Sou contra todo o tipo de monoculturas. Temos de pensar no futuro, numa gestão sustentável onde cabemos todos – cabras, insetos, nós… de formar equilibrada”.

Fernanda Botelho
© Fernanda Botelho

“Se viajarmos de Norte a Sul do país, são assustadoras as áreas de monocultura de eucalipto, pegadas umas às outras. Daí se chamarem desertos verdes”, observa o biólogo José Mateus. “É mais barato plantar eucaliptos, mas, no fim, o barato sai caro.”

“O que temos é uma planta excelente que está a ser muito mal gerida”, observa o especialista em agrofloresta. “A paisagem está completamente destruída pelo cultivo do eucalipto, é extremamente inflamável e está sempre a puxar água e a estragar os recursos. As técnicas de extração são brutais, corta-se tudo a eito, insensível ao que se está a passar em baixo. A produção está desenhada para ser uma monocultura e ser dependente de tudo o que é externo, para meter a economia toda a funcionar, e teres de comprar tudo novo. O método de gestão foi feito para maximizares o lucro, teres o mínimo de intervenções e de trabalho, para ‘produzir dinheiro sem ter chatice’.”

Só que esta abordagem contribui para a desertificação do interior, com a falta de trabalho e o deixar de ser seguro viver no campo. “Ao ponto de quererem proibir pessoas de morar nalguns sítios, quando devia ser o contrário! As pessoas deviam ser incentivadas a cuidar de floresta e a ter um tipo de floresta que não estivesse transformada neste barril de pólvora.”

 

José Mateus (esq.) em ação de formação
© Inês Sambas

Para Fernanda e para José, urge mudar os métodos de produção, e isso vale para o eucalipto como para a pera rocha, o tomate, o abacate ou o olival. “Com máquinas de guerra enormes, como retroescavadoras, tratores e alfaias agrícolas, temos um poder de destruição imenso: conseguimos voltar à estaca zero num dia. Assim que se deixa de mexer, assiste-se a uma evolução constante do sistema, matos lindos pré-florestais, uma sequência de plantas que vão aparecendo e o estado de vegetação vai subindo para a floresta.”

“As árvores são maravilhosas, mas o que me chama mais são as pequenas ervas que ninguém vê, que vivem na base da floresta, no tronco das árvores. Sem elas as outras espécies não vivem! Atraem joaninhas, borboletas, dão alimento às aves, são nossas grandes aliadas como ervas silvestres comestíveis e medicinais. Desde o topo ao chão e ao que está debaixo do chão, está tudo ligado. Não se devia olhar para a floresta sem ver todos estes fios que fazem parte da imensa teia”, conta-me Fernanda, antes de se por ao trabalho no seu jardim na zona de Sintra. “Respeito muito o eucalipto, por todas as suas propriedades medicinais, que permitem tratar problemas das vias respiratórias. Podia ser feita uma gestão de outra maneira, nutrindo o solo com muita cobertura de solo, com núcleos mais controlados e muito mais pequenos. A floresta dá-nos tudo o que precisamos, tudo, tudo.”

 

Extrato arbóreo

“Isso não vai dar!” – ouvia habitualmente José Mateus, pelo facto das suas experiências na terra  terem um aspeto pouco convencional. Estávamos em Grândola, e o biólogo cultivava uma horta sem estrume, que cobria de estilha de madeira. Hoje a horta é frondosa e abundante, e assim espera tornar-se toda a agrofloresta que está a desenhar e a implementar no monte do chef Ljubomir Stanisic, no Alentejo. Num país onde 98 % da floresta é propriedade privada, José gosta de trabalhar diretamente com proprietários, para chegar a uma maior área e ser mais fácil de implementar. “Com projetos financiados torna-se complicada essa complexidade, estão feitos para ser simples, não podes misturar um projeto florestal com um projeto de aromáticas, com um projeto de fruteiras, com um projeto de hortícolas…”.

Desde criança, sente-se fascinado por tudo o que vive. Com o avô, soube o nome da primeira planta: esteva. “Hoje é uma planta com a qual trabalho bastante, e que é odiada, parece que traz o deserto. É superinteressante porque é das primeiras a produzir biomassa grande linhosa. Cortamos, metemos organizada no sítio, trituramos se for em larga escala, para poder daí melhorar a condição do solo. Tenho feito esse trabalho de tentar dissociar o bem e mal, a dualidade, das plantas. Cada planta tem o seu lugar.”

© Inês Sambas

O mesmo se aplica ao eucalipto. “É uma planta incrível e pode ser uma grande ferramenta. É um campeão de fotossíntese, muito eficiente a fixar dióxido de carbono e produzir celulose. Podíamos ter eucaliptos a criar floresta. Se for cortado, tombado e retirado com cuidado, podia-se produzir essa madeira e aproveitar coisas que estão lá já com 5, 10 anos, que nasceram à sombra. Podia ser plantado intervalado, ou semeado com bolota.”

“Temos de começar a pôr várias culturas ao mesmo tempo no mesmo sítio. Podemos usar as ferramentas da horticultura, da engenharia florestal, da produção frutícola, até da produção de animais, num mesmo espaço. Juntar as disciplinas todas.” Para o entusiasta da agrofloresta, o futuro breve vai ter de passar pela reconversão gradual de eucaliptais. Em vez de máquinas a arrancar raízes, desfazendo tudo para voltar a plantar eucaliptos, “com esse dinheiro podemos plantar e fazer uma gestão mais cuidada: usar as folhas jovens para essências, aproveitar a madeira, as ramas e o que sobra da rebrota do eucalipto, essa biomassa, para voltar a conduzir floresta por baixo.” Não se trata de erradicar o eucalipto, mas de perceber e utilizar o seu verdadeiro potencial: uma “planta pioneira, como uma giesta, que entra no início da sucessão de uma floresta, e depois deixa de ter o seu lugar. Devemos aproveitar para cortar para baixo, com podas, com manejo, para que este possa dar apoio às plantas mais exigentes. Para aparecer um carvalhal ou sobreiral jovem por baixo e transitarmos para florestas mais bio diversas, de onde consigas tirar mais produtos, sejam eles aromáticas, frutos do bosque, madeiras nobres, nozes, frutos secos…”.

“Quanto trabalho daria uma floresta multifuncional, com pessoas que tinham de estar a cuidar dela?”, indaga José Mateus. “Quanto é que valeria uma paisagem assim transformada? Para a retenção de água na paisagem, a prevenção de incêndios, a nossa alimentação, a criação de solo? O que é que voltaria de fauna selvagem?”

“Eu vejo pequenas florestas de pequena escala”, arrisca Fernanda. “Antes de introduzir plantas da Austrália, devíamos tirar partido da nossa flora mediterrânica, tão, tão rica. Mirtilos, maçãs, nogueiras, pilriteiros, alfarrobas, romãzeiras, sabugueiro… Têm tanto potencial! Do medronho só fazem aguardente, mas podemos usar para compotas e muitas outras funções. Com a bolota pode-se fazer ainda mais. Depende de zona para zona. Podemos misturar muito mais árvores, fazer coabitar espécies como a videira e a oliveira. Podemos vender essas plantas como ervas medicinais, desidratar, vender em chá, para benefício da comunidade, dando a conhecer e resgatando o conhecimento ancestral que está a desaparecer. Temos de apresentar propostas viáveis economicamente e também fazer entender que o dinheiro não é tudo.”

“Temos a sorte de ter florestas superdiversas, muitos microclimas, uma diversidade de espécies incrível. Vejo as florestas a produzir imensa coisa”, concorda José Mateus. “Devemos sempre indagar: qual é o potencial de floresta desta região? Em cada ponto do país temos um potencial de floresta grande. Crescem a diferentes velocidades, com diferentes espécies, mas será uma floresta luxuriante, biodiversa e incrível.”

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Em cada região, predominará um tipo de carvalho – será a base, que terá mais ligações a todos os outros elementos e dará mais estabilidade ao sistema – e haverá companheiros potenciais. “Para o Sul, devemos ter mais sobreiro ou azinheira, com a amêndoa, o pêssego; para o Centro litoral mais carvalho cerquinho, com as nogueiras, que se dão bem no calcário; para o interior já podemos ter mais carvalho negral com a cereja; mais para o Norte, carvalho-alvarinho com castanha. Tudo isto sem rega. E podemos ter uma série de produtos: aromáticas, horta de culturas de inverno nas entrelinhas de floresta… Se quisermos mais escala, vamos para a floresta para madeira, cogumelos, caça, turismo…”.

Para o formador em agrofloresta, duas medidas fariam uma grande diferença para o restabelecimento da floresta. Por um lado, criar uma limpeza de mato mais seletiva, que jogasse com a sucessão natural. “Ires eliminando essas fases mais espinhosas e aromáticas, as estevas, tojos e giestas, que ardem facilmente. E deixar arbustos de fruto, medronho, pilriteiro, menos amigas do fogo e mais amigas da fauna: todos os pequenos passeriformes e animais que vão equilibrar o sistema, protegê-lo de pragas.” Por outro lado, haver proteção para vários arbustos e árvores importantes, tal como existe hoje para o sobreiro.

“Na Natureza estão todos a trabalhar e a caminhar para aumentar a complexidade do sistema. A vida cria sempre condições para suster mais vida. O homem é o único ser que não o faz. Está sempre a tentar simplificar e regredir para a savana. Limpámos tanto com essa visão de querer tudo limpo que perdemos esses elementos que trazem estabilidade ao sistema. Acho essencial conhecermos as leis e os processos naturais, percebê-los e replicá-los.”

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Os exemplos de Ernst Götsch (pai da agricultura sintrópica) e da Herdade do Freixo do Meio, em Montemor-o-Novo, são uma inspiração para José e para Fernanda.

“Quando era criança lembro de dizerem ‘isso demora 50 anos a crescer!’ As pessoas são desincentivadas a plantar árvores, porque vai demorar. Um carvalho, sobreiro ou pinheiro manso, bem cuidados, vão ser grandes bastante mais rápido do que imaginamos. Se tivesse plantado floresta quando tinha dez anos, agora via já uma floresta grande, 25 anos depois!”

Francisco Colaço Pedro

traduções: Penny & Tim Coombs, Kathleen Becker | fotografias: Fernanda Botelho, Inês Sambas & Shutterstock

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