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kits solares autonómos

Miniaturização e Mobilidade

Nos tempos que correm, temos várias apreensões energéticas, nem sempre coincidentes. Por um lado, desejamos poupar energia, nem sempre por razões ecológicas – o custo da factura também fala alto. Por outro, usamos, cada vez mais, aparelhos consumidores, sem os quais não podemos passar (ou assim pensamos): computadores, máquinas para todos os fins, telemóveis, iPads, iPods, câmaras fotográficas e de vídeo, etc.

MALA FOTÓGRAFO
MALA FOTÓGRAFO

Como se esta dicotomia não bastasse, muitos dos aparelhos são portáteis, porque toda a gente tem necessidade de estar em contacto com toda a gente, a toda a hora, mesmo que não tenha nada de importante para dizer. E surge o problema das baterias descarregadas nos momentos mais críticos, da falta de fontes de alimentação à mão, dos transtornos criados, do stress induzido.
Mas a energia solar está em pleno desenvolvimento e já começaram a aparecer no mercado os mais diversos apetrechos portáteis para produzir energia e armazená-la. A ECO123 encontrou vários utensílios numa pequena loja no centro de Portimão, a ‘Ambiente Hoje’(1): desde luzes de jardim por 35€ a malas para material fotográfico por 95€, que vai carregando a bateria da câmara enquanto nos deslocamos; uma capa para tablet com bateria incorporada, capas carregadoras para telemóveis e outros itens chamaram-nos a atenção(2).
Ficámos com algumas dúvidas sobre a funcionalidade dos sistemas e fomos visitar Sebastian Sennewald, da FF Solar(3), empresa com mais de um quarto de século a promover a energia solar no Algarve… e não só. Fabricam kits autónomos a energia solar para uso em locais remotos, suficientes para permitir iluminação, carregamento de smartphones, através de USB com corrente fixa de 5 volts, e operar uma pequena televisão.
“A eficiência do kit depende de duas vertentes: a dimensão do painel para a produção de energia e da bateria para acumulação da mesma. Uma mochila, por exemplo, possui uma bateria de lítio com 4 ou 5 mil miliamperes, um pequeno módulo de 2,5 watts e um conjunto de adaptadores. Isso permite carregar a câmara, um telemóvel ou qualquer outro pequeno aparelho”, foi-nos dizendo Sebastian. “O ideal é usarmos módulos e baterias separados, porque o módulo solar só funciona com radiação solar directa e, se a bateria estiver incorporada, também vai aquecer. Temperaturas elevadas são inimigas das baterias. No caso das mochilas, porque são desenhadas para carregar enquanto caminhamos, têm de assumir o compromisso entre a portabilidade e o desempenho. O módulo deve ser em amorfo, flexível; podemos cortar ou dobrar e continuam a produzir. Mas perde eficiência, 7% contra os 22% das sílicas. E tem metade da durabilidade”, acrescenta.

CAPA TABLET COM BATERIA INCORPORADA
CAPA TABLET COM BATERIA INCORPORADA

O ponto fraco destes equipamentos é a bateria, sujeita a muitos ciclos, mudanças de temperatura, cargas e descargas rápidas e cargas intermediárias. Há baterias muito eficientes, mas perigosas. O ideal são as de lítio-ferrite, que permitem uma maior variedade de voltagem, podem ser sobrecarregadas sem perigo de explosão e possuem uma vida útil de carga/descarga superior a 8 mil ciclos.
A portabilidade energética limpa está pronta a usar, com ganhos económicos e comodidade para os utilizadores, mas não convém escolher os equipamentos só pelo preço, diz quem sabe.

Ambiente Hoje
Rua do Carvalho, 16-B – 8500 Portimão
Tel.: (+351) 282 042 400 | 964 097 817
Email: ah.ambientehoje@gmail.com

FF Solar
Parque Industrial da Feiteirinha
Lote 1 – 8670-440 Aljezur
Tel.(+351) 282 998 745
Email: mail@ffsolar.com
Web: www.ffsolar.com

About the author

José Garrancho, natural de Sines, residente em Portimão, 63 anos, casado, 1 filho. Diretor de Hotel reformado, formador, jornalista e fotógrafo.

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