Identifico esta palavra, em primeiro lugar, com a ecologia. Tenho dois filhos e muitas vezes preocupa-me o que terão eles aos 36 anos de idade. Significa também reciclagem e a luta contra a poluição. Como artistas tocamos instrumentos e, ao comprar novos, ou nos concertos, não pensamos em reciclar os que temos.
Obviamente a economia também tem o seu papel. Precisamos de viver. Mas acho que a economia se deve juntar à ecologia. Ambas podem ser combinadas, numa lógica local: usar energias alternativas, viver de modo mais sustentável. As empresas, hoje em dia, voltam a pensar localmente. Mas juntar as duas coisas ainda deve ser muito complicado.
Vivo na cidade, mas gosto, às vezes, de lá sair e viajar para sítios como Aljezur e Monchique, com vista para o mar e a serra. Aí falo com pessoas com visão ECO. Na cidade, os seus habitantes perdem o contacto com a natureza e com a economia local. Penso que precisamos também de ser menos citadinos e egoístas. Somos saudáveis quando atingimos um equilíbrio.
Regressarei a Monchique com os meus filhos no fim do ano, depois das primeiras chuvas, para plantar sobreiros e nogueiras com a ECO123.