Estamos em Évora, no centro histórico da cidade, e no ano de 2013. Mais de 90% dos edifícios têm uma idade superior a 40 anos. Dos alojamentos, 2.424 correspondem a residência habitual (56%) 739 a residência segundária (17%) e 1.163 casas estão vagas (26,8%). Existe uma evolução negativa. Desde 1930, na altura do pico, quando residiam 22.446 cidadãos no centro histórico, e até 2011 (último Censo, com apenas 4.719 cidadãos), o núcleo histórico perdeu 80% dos seus habitantes. O processo de redução populacional começou em 1940 e com um grande declínio. O índice de envelhecimento, o peso da população com …
Read More »Está a nascer um oásis nas terras queimadas de Monchique
O projeto paisagístico prevê a plantação de 1.000 espécies diferentes de árvores e arbustos autóctones no Barranco do Esgravatadouro. Entre o dia 30 de dezembro e hoje foram plantadas as primeiras 50 jovens árvores: várias espécies de carvalhos (quercus canariensis, quercus ilex, entre outras), sobreiros, freixos (fraxinus excelsior), castanheiros, nogueiras, faias, salgueiros, tílias, bordos, bétulas, ulmeiros, magnólias, camélias e também alfarrobeiras, loureiros e pimenteiras. O terreno está rigorosamente cartografado e as temáticas bem definidas: várias ilhas com árvores em diversos níveis vão estar interligadas por caminhos. As primeiras plantações foram feitas ao longo do ribeiro, que nasce no terreno da …
Read More »Os municípios estão cada vez mais conscientes
Estamos em Lisboa, Cais do Sodré, perto do rio Tejo, com a Ponte 25 de Abril por paisagem. Encontramos-nos em fevereiro de 2019. Trocamos ideias com a Dr.ª Sofia Simões, engenheira do Ambiente. Tem 48 anos, é casada e mãe de dois filhos, com nove e 13 anos, e trabalha à escala nacional na Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Começou há algum tempo a pensar e a trabalhar à escala supranacional para vários países na União Europeia. Voltou ontem de Bruxelas. “Tinha morado na Suécia; morei e estudei também três anos na Holanda e um …
Read More »Antes era lixo, hoje gera eletricidade
“As cidades são diferentes. Mas andamos, no fundo, a trabalhar todos para o mesmo. Uns vão por um caminho, outros por outro. Se calhar vão uns à frente, outros atrás.” Fabíola Oliveira, do gabinete florestal, e Maria Elisabete Mato, assessora da presidência, trouxeram desde o norte de Portugal as soluções e os desafios que se vivem em Viana do Castelo. Apresentaram aos outros municípios o exemplo inspirador de uma central de biogás. Quais são as vantagens de fazer este processo? Maria Elisabete Mato: Temos uma empresa pública intermunicipal, a Resulima, que abrange seis municípios com cerca de 321.000 habitantes. Tem um …
Read More »Inovar entre a desertificação e as temperaturas recorde
Em Coruche está em marcha uma estratégia municipal rumo a um menor consumo e melhor reaproveitamento dos recursos. Mas mudanças de fundo têm dificuldade em descolar num município que lida com a desertificação, o envelhecimento e o desaparecimento da agricultura familiar. Conversa com Patrícia Moreira, da área de ordenamento e planeamento do território, e Rosa Lopes, responsável pela gestão de resíduos e eficiência energética e hídrica. Coruche começou o ano passado com cheias, e mais tarde teve recordes de temperaturas, com vários dias a 46ºC. O que sentem em relação às alterações climáticas vivendo em Coruche? Rosa Lopes: São uma …
Read More »Ansião. O concelho que parou o incêndio
Se as alterações climáticas são um mesmo desafio comum, as realidades locais são díspares. ECO123 fala com Marcelo Afonso, deputado municipal e assessor da presidência na Câmara de Ansião, e um apaixonado pelos trilhos na enorme floresta de carvalho-cerquinho do seu município. Até que ponto as alterações climáticas são uma preocupação em Ansião? A nossa população é bastante dispersa e em constante envelhecimento, infelizmente, o que faz com que as nossas necessidades de adaptação às alterações climáticas sejam um desafio. Temos de modificar pessoas que já têm bastante resistência em relação a certos hábitos que foram mantidos ao longo dos …
Read More »Depois de salvar o Sado, salvar o planeta
Anfitriã do primeiro workshop regional do projeto BEACON, Setúbal assinou recentemente o Pacto de Autarcas: o compromisso é reduzir as emissões no município em pelo menos 40% até 2030. As alterações climáticas já não são só uma ameaça: a cidade está a terminar uma obra sem precedentes para lidar com as cheias. Com os planos de aumento do porto de Setúbal e com algumas das indústrias mais poluidoras do país não será fácil à autarquia atingir a meta mudando lâmpadas convencionais para LEDs. A estratégia setubalense para o clima e energia está em cima da mesa – e estará em …
Read More »O projeto “Eternal Forest” (Floresta Eterna)
Evgenia Emets, de 39 anos de idade, passou a sua infância em Moscovo e Kiev, chegando a Portugal depois de ter vivido dez anos em Londres, onde completou os seus estudos em Artes Plásticas. Por coincidência, ou não, foi em Londres que conheceu o seu futuro marido, Victor, polaco, e juntos viajaram para Portugal, visitando também a comunidade de Tamera, no sul do Alentejo. Pouco tempo depois, começaram a traçar planos para se mudar para Portugal, tendo como ideia inicial a criação de uma comunidade, algures numa das aldeias abandonadas.Foi assim que, em outubro de 2017, acabaram por ficar na …
Read More »A floresta não é uma fábrica de salsichas
Vive em Lisboa. Tem duas filhas, uma com um e outra com quatro anos. João Camargo (35 anos) licenciou-se em Engenharia Zootécnica, mas a vida surpreendeu-o com o gosto pelo Jornalismo. Entretanto, estudou Engenharia do Ambiente, para si, intelectualmente muito estimulante. Trabalhou alguns anos na área e foi viver para Moçambique. Deu aulas no Norte do País, primeiro na Faculdade de Ciências Agrárias (Lichinga), depois na Faculdade de Biologia (Pemba). Regressou a Portugal volvidos dois anos. Sentiu-se estimulado pela cidadania politica e começou a trabalhar na Liga para a Proteção da Natureza (LPN), onde ficou quatro anos. Encontra-se a concluir …
Read More »Firewalking – Caminhar no fogo para evoluir
Caminhar sobre brasas pode queimar? Pode! Mas quem o faz garante que são poucas as vezes que isso acontece. O Firewalking, designação para o ato de caminhar sobre o fogo ou sobre brasas, é praticado há séculos por diferentes culturas e tradições ancestrais. Nas últimas décadas esta prática tem vindo a ganhar cada vez mais adeptos, aplicada em retiros de desenvolvimento pessoal, workshops ou em empresas, tendo em vista a evolução pessoal ou a obtenção de metas e objetivos. Kalid, nome sannaysin de Pedro Fonseca, nascido e residente em Lisboa, foi um dos primeiros portugueses a tornar-se instrutor de Firewalking. …
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