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Portugal

O mercado ao serviço das pessoas

O mercado ao serviço das pessoas?

A ECO123 esteve presente no Encontro Internacional das Comissões de Economia de Comunhão, que decorreu entre 18 e 20 de Outubro, na Abrigada. Durante os pequenos intervalos, foi possível realizar breves entrevistas a dois destacados participantes, procurando conhecer melhor o significado e as motivações da iniciativa. Deste modo, a ECO123 falou um pouco com Luigino Bruni, responsável internacional da Economia de Comunhão e professor na Universidade de Florença, e com António Faria, sócio-gerente do Grupo Faria & Irmão, Lda. (uma das empresas que em Portugal participa no projecto de Economia de Comunhão).

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transporte de eucaliptus

Condutor de Camião

ECO123: Queremos saber um bocadinho mais sobre o vosso trabalho. Transporta eucalipto? Condutor: Sim. O eucalipto vai agora para a fábrica em Setúbal? Estes aqui vão para Setúbal. Para fazer o quê? Aquilo ali é para celulose, pasta de papel, papel. Quanto dinheiro receberá por uma tonelada? Uma tonelada para o produtor? Sim. 42, 43 euros. Na fábrica. A fábrica paga. Paga, posto lá. E você aqui transporta quantas toneladas. Conforme a madeira. O máximo da viatura são 30 toneladas. A mata de eucaliptos paga-se bem? Aqui e agora, a celulose está mais ou menos. Ainda vai pagando. Por exemplo, …

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Cortadores

Cortador de Árvores

ECO123: O senhor é cortador de árvores? Cortador: Sim. E o que é que corta normalmente? Eucalipto, pinho… De momento são o eucalipto e o pinho que têm mais saída. O senhor é de onde? Sou do Brasil. Uma motoserra destas corta bem, não? Com certeza – corta até a perna se não tiver cuidado. É um trabalho duro? Eh, já estamos habituados, acostumados. E ganha-se bem neste trabalho? Mais ou menos. Mais para mais. Ou mais ou menos? 100 € por dia. 100€ por dia? E a Segurança Social? … E o que mais se faz aqui? Faz o …

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Azeite

À descoberta dos sabores e saberes ancestrais algarvios

VINHO O «Monte do Além», em Odiáxere (concelho de Lagos), é pouco conhecido no Algarve. Contudo, os apreciadores de vinho, na Bélgica, França e Bulgária, conhecem bem o nome, que adorna as garrafas do precioso néctar. A quinta possui cerca de 6 hectares de vinha biológica, certificada pela ECOCERT, plantada entre 2000 e 2003, onde pontificam as castas cabernet sauvignon, merlot, petit verdot, syrah e aragonês. Não podendo uma pequena produção, entre 25 e 30 mil garrafas, impor-se pela quantidade, conquista os mercados pela excelente relação preço/qualidade. Em 2012, recebeu o diploma que certifica o seu Petit Verdot 2009 entre …

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Rui Andre

Rui André

Presidente da CM Monchique: ECO123; Como criamos um Portugal sem incêndios florestais? Rui André: Em Monchique ocorreram vários fogos, mas a estratégia de um ataque inicial muito forte permitiu que praticamente todos fossem apagados logo no início. Face à vulnerabilidade do território, encaramos estes resultados como positivos mas também houve alguma sorte. Noutros sítios, e com a mesma estratégia, infelizmente este ano aconteceu arder tudo como aqui sucedeu em 2003. Ainda há muito trabalho pela frente. Há três pilares essenciais na gestão de incêndios florestais – prevenção, vigilância e combate. No combate penso que o que temos é, para já, suficiente. …

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GNR-Faro

João Manuel Antunes

Tenente-Coronel João Manuel Lourença Antunes, GNR Faro, Serviço Proteção da natureza e do Ambiente, Chefe ECO123: Na sua opinião, que solução existe para os incêndios florestais em Portugal? GNR: Permita-me iniciar a resposta afirmando que os incêndios não se combatem, os incêndios evitam-se. Isso leva-nos para a fase da prevenção. A prevenção imediata, digamos assim, que implica sensibilizar quem ocupa o espaço rural no sentido de chamar a atenção para condutas que não devem ser utilizadas e para acções de prevenção que devem efectuar periodicamente antes da fase do verão. Para resultados a curto e médio prazo, acção e sensibilização junto …

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Com Almeida Reis

Almeida Reis

Comandante Almeida Reis – Chefe de pilotos e co-responsável pela actividade aérea da INAER (1) ECO123: O que é necessário para não haver incêndios em Portugal? Relativamente ao combate dos fogos temos todo o interesse em que se reduzam ao máximo possível os incêndios, não existe interesse da indústria no incêndio em si. É uma situação de perigo, acresce o perigo e acrescem outros factores que não são favoráveis. Em termos pessoais, creio que a questão de não haver fogos esteja sempre ligada a causas de prevenção ou comportamentais, não a causas materiais. Quanto mais recursos materiais forem disponibilizados, ainda …

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Idalia Duarte

Idália Duarte

Idália Duarte, 55 anos; Talhante ECO123: O que podemos fazer para evitar incêndios florestais? Limpar as florestas, cuidar das florestas como se fazia antigamente, em que as florestas estavam limpas. Se é mato, se são lenhas velhas, é o melhor que se poderia fazer, é cuidar das nossas florestas, fazer das florestas um jardim. Qual é a responsabilidade que o eucalipto tem, hoje em dia, nos incêndios? Já se sabe que o eucalipto é grave para os incêndios, mas se houvesse o cuidado de limpar as florestas, prevenia-se. O mal não é serem apenas eucaliptos. O mal são as florestas …

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António da Encarnação

António da Encarnação

António da Encarnação, Agricultor, 75 anos ECO123: O que podemos fazer para evitar incêndios florestais em Portugal? Precisamos de jovens agricultores. Gosto da terra onde nasci. Gosto muito. Gosto desde sempre. Nunca saí dela para outra. O melhor produto que temos em Portugal é o medronho. Não queremos um subsídio, queremos isto livre como era antigamente. Tenho 75 anos, comecei a destilar com 13. A coisa mais arrastada que os portugueses cá têm é a apanha do medronho. É muito mal pago, anda muito explorado pela mão do nosso estado. Porque eles mandam-nos fazer. E nós não podemos fazer. Temos …

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Gerhard Zabel

Gerd Zabel

O Doutor Gerd Zabel é agricultor e cientista botânico. Alemão, tem 69 anos e vive em Silves. É dono da «Quinta da Figueirinha», uma exploração agrícola biológica com 30 hectares de terreno e oliveiras, figueiras, amendoeiras e alfarrobeiras. Experimenta com árvores poucos inflamáveis, no âmbito de um projecto financiado pela UE. A Quinta tem plantas agro-florestais resistentes à seca para manter as pastagens e controlar a erosão, e árvores, arbustos e cobertura do solo resistentes ao fogo para prevenir incêndios florestais. A escolha de plantas é essencial e requer uma série de cuidados e informação sobre as espécies, variedades e …

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