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Nº 124 – Comida Selvagem nas Hortas Ecológicas

Sábado, dia 09.04.2022. Lisboa. Chegámos ao estacionamento da Praia da Aguda num solarengo domingo de manhã em inícios de abril. Azulejos descrevem em verso a beleza desta praia da costa do Parque Natural Sintra-Cascais. Em baixo, vemos a ondulação regular deste mar maravilhoso; observados das falésias, os surfistas parecem minúsculos. Cá de cima também reconhecemos logo os cabelos ruivos de Filomena Aivado. A Filomena e o João irão proporcionar-nos hoje um passeio pelo mundo das plantas selvagens comestíveis, uma iniciativa organizada pelas “Hortas Ecológicas”, de Lisboa. A excursão faz parte da programação regular com que, desde 2015, dão a conhecer …

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Que floresta é esta?

Como seiva, ascendemos através dos quatro extratos de uma floresta. Vamos dos burocratas das instituições do Estado aos peritos apaixonados pela floresta. Vamos da visão dantesca do ‘eucaliptugal’ atual à paisagem da floresta frondosa que está para vir.   Solo Chama-se Quinta da Fonteireira, fica em Belas, e é um raro pulmão verde nos subúrbios da Linha de Sintra. Entre os oito e os dezoito anos, dormi ali, no Vale Escuro, mais de uma centena de noites. Nesse tempo dos escuteiros, usávamos a madeira abundante do eucalipto para construir mesas de jantar, abrigos para o material, armas para jogos. As …

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Faça você mesmo e evite o lixo

Champô feito em casa Hoje vamos falar de champôs para o cabelo. Uma alternativa vegana, sem químicos ou plásticos. Não consigo imaginar quantas garrafas de plástico de champô já gastei na minha vida. Quer a garrafa tenha 250 ml ou 1000 ml, a maré do plástico parece não ter fim. Também há sabonete especial para o cabelo, mas nem sempre é fácil de encontrar, e sabe-se lá de que distância teve de ser importado, ou seja, quanto CO2 provocou, sem contar com o meu trajeto para o ir comprar à loja… e a lista interminável dos ingredientes faz-me questionar se …

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faça voce mesmo

LIXO ZERO

Faça você mesmo A sua floresta tem as melhores promoções. É incrível, mas é verdade. É possível produzir o seu próprio lava-roupa a partir de plantas e produtos comuns que encontramos na natureza e que esta nos oferece gratuitamente. Por vezes tenho a impressão de que toda essa gama de produtos de limpeza para a casa de banho e para lavar a loiça é feita para os citadinos porque na cidade já não há natureza e as pessoas já não têm noção de tudo aquilo que a natureza nos oferece gratuitamente. São coisas que não nos ensinam na escola, por …

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DIA 6
Salir – Cortelha – Barranco do Velho

DIA 6
Salir – Cortelha – Barranco do Velho

Concluí os primeiros cem quilómetros. Estou a aguentar melhor do que pensava, apesar de ter partido sem qualquer treino para a caminhada. Conhecer bem o caminho e o meu passo lento são vantagens que compensam a falta de treino e, assim, vou ficando cada vez mais em forma. O percurso completo da Via Algarviana tem cerca de 300 quilómetros. O primeiro troço, do lado Este, vai de Alcoutim até Barranco do Velho; o do meio, de Barranco do Velho até Monchique; e o troço do lado Oeste, liga Monchique ao Cabo de São Vicente. Arrumo a minha mochila, pego no …

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DIA 5
De Alte a Salir. Poços antigos com nora

DIA 5
De Alte a Salir. Poços antigos com nora

19 km. Cheguei ao centro do Algarve. Caminhar também significa entrar em contacto direto com as pessoas e com o seu meio. É isso que um jornalista pretende. Conhecer as pessoas de um país. O que pensam e como se sentem. Logo ao início do quinto dia, ainda em Alte, chego à Ribeira de Alte, que está completamente seca. Antigamente, havia peixes e muitos outros seres vivos nesta ribeira. Era um biótopo cheio de vida onde agora só vejo uma senhora idosa, de 72 anos, a juntar um pouco de mato. Às sextas-feiras vem o vendedor de peixe da costa …

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DIA 4
De Messines a Alte

DIA 4
De Messines a Alte

Tomo o pequeno-almoço no café ao lado. Custa 2 euros e 40 cêntimos. São oito horas quando entrego a chave na receção e vou ter com o senhor Jorge. Um galão e uma sandes de queijo, por favor. Bom dia! Dois minutos depois o pedido surge no balcão e tomo o meu pequeno-almoço na esplanada. Messines já despertou para a vida e eu estudo no mapa o caminho a seguir. Pretendo passar por Vale Vinagre, iniciando assim a pequena subida. Primeiro, fora da cidade, passo por debaixo da autoestrada que liga o Algarve ao centro do país. São muitos os …

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DIA 3
Da Barragem do Funcho até Messines.

São Bartolomeu de Messines é a cidade natal do escritor, pedagogo e jurista João de Deus Ramos, que aqui nasceu em 1830 e desenvolveu um trabalho pedagógico notável em todo o país, dirigido a crianças e a adultos. Estudou Direito em Coimbra e faleceu em Lisboa, em 1896. É o que consta numa lápide na Casa do Povo, em Messines. Talvez seja impressão minha, mas parece que Messines tem pretensões a mais do que capital de concelho. Penso que ambiciona ser capital de distrito, independente de Silves. Talvez esteja enganado… Porém, acabam por ser mais do que 15 km para …

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DIA 2
De Silves à Barragem do Funcho.

DIA 2
De Silves à Barragem do Funcho.

Desperto. Acendo a luz e estou no quarto que reservei por 45 euros e onde aceitam o meu cão por um suplemento de 5 euros. Pergunto se esse valor inclui pequeno-almoço para o cão, mas fico sem resposta. Pelo menos é permitido trazer animais de estimação. Com o comando, ligo o televisor pendurado no canto da parede junto ao teto para ver o boletim meteorológico. Tudo na mesma. Tempo quente e seco. É um tempo maravilhoso para os turistas, mas mau para a silvicultura, a agricultura e para o clima. As plantações de abacate e laranja, plantadas em monocultura à …

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Obrigado

Na noite de domingo, dia 5 de agosto de 2018, uma avalanche de fogo avassalou a Picota vinda de Norte para Sul, em direção do Algarve, subindo toda a montanha para depois voltar a descê-la, destruindo também a nossa bela floresta mista, os nossos jardins e a horta no lugar de Esgravatadouro, junto às Caldas, a Sul de Monchique. Muitos amigos ajudaram a combater as chamas com baldes e mangueiras. Os reacendimentos eram constantes. Não desistimos e não aceitámos ser evacuados. Quando a polícia nos obrigava a sair, voltávamos para continuar a extinguir os focos de incêndio. Não havia bombeiros …

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