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Ochála

Ponto de encontro: Monchique.

Isabel Maria Nunes Mira e Christian Major do Ochála
Isabel Maria Nunes Mira e Christian Major do Ochála

Imersos num mar de restaurantes, erguem-se como torres de farol. As cozinhas vegetariana e vegan sentem-se aparte da miríade de pratos de carne e peixe. Mas as refeições sem carne são melhores para corpo e alma. E têm um sabor fantástico… se bem preparadas. Há algumas regras básicas a cumprir durante as compras: todos os alimentos devem provir de produtores locais, orgânicos e ecológicos, devem ser produtos integrais, sem tratamento tanto quanto possível e colhidos na sua época. Pizza de vegetais, guisado de batata com grão-de-bico, pasta com tomate cherry e rúcula ou o famoso quiche Lorraine, uma colorida tarte de vegetais, são apenas algumas das possibilidades.E depois temos as sobremesas: panacota de coco com framboesa, pêras escalfadas com creme de amêndoa ou um simples pudim de arroz com canela.

Hoje.
Nas terras altas de Monchique (400 km2, 7.800 habitantes, Fóia a 902 metros de altitude), existe há cinco anos uma dessas torres. Na porta diz Casa de Chá Ochála e pode ser encontrada no centro da vila. Os faroleiros Isabel Maria Nunes Mira (50) e Christian Major (52) abrem as suas portas para negócio às nove da manhã. Dado que há várias gerações que apenas se serviam pratos de porco e caça ou frango assado em Monchique, tiveram a ideia de fazer algo melhor. Queriam experimentar coisas que a vila nunca tinha visto. Os primeiros passos são sempre os mais difíceis. No início, os habitantes espreitavam pela porta principal e seguiam caminho. Mas a aldeia global de pessoas que se mudaram para a região não tem esses preconceitos. Cerca de um oitavo dos recém-chegados a Monchique são estrangeiros, vindos de Inglaterra, Alemanha, Holanda e outros locais. Para eles, o Ochálá tornou-se um ponto de encontro. Ali já havia internet gratuita antes das autoridades locais publicitarem a sua. E entretanto, a casa de chá também se tornou uma meca para os locais.

Antes.
Christian, originário do Quebec e arquitecto de interiores de profissão, estava no seu elemento quando começou a trazer alguma luz para a escuridão da casa: paredes e mobília em madeira, iluminação quente, tudo combinando com os tijolos em mosaico do chão antigo. Depois passou para a cozinha e tornou-se um padeiro e chef. A sua companheira Isabel, uma genuína Monchiquense, tomou conta da frente da casa: ela prepara e serve chá, café, sumos de fruta fresca e os muitos pratos pequenos (a maioria vegetarianos), bolos e tartes, crepes, bagels, scones, muffins e croissants. Eles mesmos fazem as quiches e sanduíches e muitos dos chás de ervas vêm do seu próprio jardim – saladas, vegetais, queijo e ovos provêm de produtores locais. Mas o melhor é a baklava (0.70€), um doce feito com amêndoas, mel e massa folhada, acompanhada de um chá verde Gorreana (a mais antiga fábrica de chá da Europa ainda em funcionamento, nos Açores) ou de um chá preto Orange Pekoe…

Os preços são razoáveis: saladas entre 2.50€ e 4.75€, crepes desde1.75€ até 2.75€ e consegue o prato do dia vegetariano à hora do almoço por apenas 4.75€, por exemplo uma lasanha vegetariana. Se estiver alguma vez em Monchique, uma visita ao Ochálá é altamente recomendada.

Casa de chá Ochálá • Rua Dr. Samora Gil, 12 – 8550 Monchique •Tel: 282 912 524 • e-mail: imira@sapo.pt • Horário de funcionamento: Segunda a Sexta das 9h00 às 19h00; Sábados das 9h00 às 14h00; Encerra aos Domingos.

 

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