Inspirado em https://florestautoctone.webnode.pt/ Quando, em pensamento, recordo as minhas primeiras experiências, relembro a primeira vez que visitei uma floresta. Havia nela grandes e ancestrais árvores de grande porte, normalmente faias, carvalhos e pinheiros, cujas copas encobriam o solo macio debaixo dos meus pés. Aqui e ali uma bétula ou um olmo, árvores de vários tamanhos a partilhar aquele universo. Brincávamos às escondidas na floresta. Havia cavernas e formações rochosas cobertas com musgos. Na floresta a temperatura era agradavelmente fresca, o ambiente era húmido e por vezes também mais quente. Era acolhedor para mim. No final do verão as folhas começavam …
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Nº 44 – Não há mais más notícias
Verdadeira proteção da Natureza O projeto LIFE nas Berlengas
Sábado, 18 de Julho de 2020 Lisboa. A rede “Natura 2000” foi criada pela Comissão da UE e destina-se a proteger espécies e habitats de grande importância em todos os 27 países da UE como genuína conservação da Natureza. Existe um total de 2.000 espécies e 230 tipos de habitat nos 27 países entre a Finlândia e Portugal que foram designados como locais Natura 2000. Se está interessado e procura a reserva natural mais próxima da sua região, basta clicar em https://natura2000.eea.europa.eu//# e inserir o seu local de residência. Monchique é PTCON0037. Todo o concelho é designado como Reserva Natural …
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Nº 43 – Projeto piloto “Monchique com Futuro”
Com água se apaga o fogo
Sábado, 11 de Julho de 2020 A localidade lá no alto chama-se Bemparece, e o nome faz justiça à bela vista que proporciona. Subimos até ao planalto no qual Ana Mira (67 anos) e Carlos Abafa (75) colhiam cantarelos (Cantharellaceae) durante os invernos húmidos. Estamos rodeados de sobreiros, a maior parte deles queimados. O céu azul transparece pelas copas das árvores e, de frente, vemos a serra. Ainda há poucos anos tudo era diferente. O local era abrigado de muitos castanheiros e sobreiros centenários cujas copas densas formavam uma sobra contínua. Alguns desses gigantes, do período do Grande Terramoto de …
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ÉDEN
O Jardim Botânico das Caldas de Monchique
Cá está mais uma boa notícia! Durante os próximos dez anos, os colaboradores, os amigos, os padrinhos, os assinantes e os clientes da revista ECO123 irão plantar mais de 1.000 jovens árvores diferentes no novo jardim botânico das Caldas de Monchique. Para plantar uma árvore não basta fazer um buraco e nele colocar uma planta. Um biótopo é um sistema complexo que vive do dar e receber, do esperar e do crescer, do descanso para ganhar novas forças e da interação. Esta história abordará tudo o que é preciso para que uma árvore se sinta bem na terra. Porque nem …
Read More »Aviso ao investidor
A Universidade de Aveiro (UA) avisa que, futuramente, em Portugal e especialmente no interior, devido ao fenómeno das alterações climáticas, a água das chuvas se irá reduzir em 30 %. Paula Quinteiro é a investigadora do Centro de Estudos do Ambiente e do Mar (CESAM) que dirige esta pesquisa, e apela a quem tem responsabilidades políticas na matéria para que fomente um aproveitamento das águas da chuva mais eficaz. Aconselha a reter maiores quantidades de água da chuva em cisternas e outras formas de armazenamento, e ao gasto mais ponderado, poupado e sustentável. Os resultados da pesquisa ligada ao projeto …
Read More »Reserva natural destruída por plantação de abacate
Clive Viney é coautor (com Ray Tipper) do livro “Algarve Wildlife the natural year”. Sendo amante da Natureza e residente em Tavira há anos, está muito preocupado com a erosão e a destruição que tem observado na reserva natural junto a Castro Marim. Parte da reserva foi transformada numa plantação de abacate, “a plantação da moda”. Clive Niney pediu explicações ao ICNF, à SPEA e a outras entidades. As suas ações fizeram com que a Direção Geral do Ambiente da Comissão Europeia se interessasse e investigasse se a plantação de inúmeros abacateiros na reserva violou alguma diretiva europeia. Ele questiona-se, …
Read More »Salgados
A pessoas são de memória curta. Mal notam alterações lentas, até porque estão sempre a mudar de lugar, sem observar um local regularmente com atenção. O reconhecimento do valor da Natureza sofre com esse défice da consciência humana. As pessoas vivem cada vez mais em meio urbano, em permanente desassossego, um espaço e um tempo que eclipsa a Natureza. Na segurança enganadora da cidade, a Natureza é usada meramente para fins decorativos. Uma árvore aqui e uma avenida acolá, locais de paz e refúgio aparentes como o Central Park em Nova Iorque e o Jardim Botânico em Lisboa. O que …
Read More »Porque não sabem o que fazem
As imagens não deixam dúvidas. Dois funcionários da Câmara Municipal de Monchique estão a aplicar herbicida nos passeios públicos. Os dois homens devem saber que estão a fazer algo de perigoso, porque estão a usar um fato protetor integral, máscara e luvas. Protegem-se a si mesmos, mas quem é que protege as pessoas, as plantas e os animais? Quando lhes perguntei se sabiam o que estavam a fazer, começaram a gesticular para eu me afastar. – Vá-se embora! Diziam. Mas eu fiquei. Alguns minutos a seguir, uma mãe passa com um carrinho de bebé, exatamente no mesmo local. Há gatos, …
Read More »Mais um Festival
Quem tem uma ideia original ou quer chamar a atenção do público para um determinado produto, organiza um festival. É típico cá pelos nossos lados. Fazem-se festivais de cerveja, vinho, laranjas ou medronho, observação de aves, presunto, enchidos ou doçaria. É um festival após outro pelo ano todo. Também lhe poderíamos chamar feira, arraial ou circo. A realidade é que, este ano, a V edição do Walking Festival Ameixial (WFA) se realiza entre sexta-feira, dia 28 de abril, e segunda-feira, dia 1 de maio, em Loulé, no Algarve. Trata-se de uma boa promoção para o turismo diferenciador do interior do …
Read More »O que levo na minha caminhada?
Via Algarviana GR13 Caminhar significa o retorno às nossas raízes, à nossa vida original e ao nosso próprio ritmo. Na caminhada aguçam-se os pensamentos. Os nossos sentidos despertam e sentem, vêem, cheiram, escutam e saboreiam a natureza. Esta antiga rota peregrina de São Vicente tem cerca de 330 quilómetros. Para a percorrer por completo são necessários 14 a 15 dias de caminhada. Uma boa mochila com bagagem não superior a dez quilos, no caso dos homens. É essencial levar umas calças compridas e umas calças curtas, duas camisas, uma blusa, dois pares de meias antiderrapantes de lã/linho e calçado respirável, …
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